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Especialista diz como a internet pode afetar a sociedade e a forma como conduzimos as nossas vidas.

Ele estuda a questão no âmbito do seu já alargado estudo em como a internet pode afetar a sociedade e a forma como conduzimos as nossas vidas.

Por SHOW DIÁRIO com MF Press Global

13/02/2021 às 09h32

O neurocientista explica que a educação é deficitária e essa é uma das consequências.

Vivemos uma era em que os personagens assumem destaque ao invés das nossas verdadeiras personalidades. Uma geração moldada pela internet, em que o parecer é mais importante que o ser. Vivemos mais através dos outros ou das falsas realidades criadas por nós mesmos.

Fabiano de Abreu, neurocientista e psicanalista, estuda a questão no âmbito do seu já alargado estudo em como a internet pode afetar a sociedade e a forma como conduzimos as nossas vidas.

“Vivemos hoje numa sociedade que se revela em dois lados; o que somos de verdade e o que somos na tela, no mundo virtual. O problema é quando deixamos de conseguir dissociar o nosso verdadeiro eu do personagem criado. Há uma perda da razão, pois deixa de existir controle sobre o próprio “eu”, muito comum no transtorno de personalidade narcisista (TPN).”, revela.

O neurocientista continua a sua explicação em como esta cultura instalada está a afetar toda uma sociedade.

” Infelizmente este narcisismo instalado tem pleno espaço para proliferar pois a sociedade é cada vez mais superficial. Desperdiçam a sua existência e não percebem a passagem do tempo, se ocupando daquilo que é do outro sem produzir nada para si mesmo. Isto é revelador da era da rede social, da imagem sem conteúdo.”, explica Abreu.

Fabiano de Abreu é jornalista, filósofo, psicanalista, neurocientista, neuropsicólogo, entre outros. (Foto: Divulgação)

Além disso, o neurocientista explica que a educação é deficitária e essa é uma das consequências.

“O ser humano é muito visual e nos dias atuais não basta ser, tem que parecer, aparecer e aparentar. Este jogo tornou-se demasiado vicioso. Uma competição quase inconsistente num mundo irreal em que os próprios personagens deixam se fazer juízo de si próprios e da imagem que realmente transmitem aos outros”, conclui

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