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Jovem atriz da Globo abre o jogo sobre depressão e pânico: “Vivi isso sozinha”

A atriz diz que enfrenta os problemas dia após dia e descobriu nas terapias oportunidades de se conhecer melhor

Por Marie Claire

10/03/2019 às 12h24

Anajú Dorigon (Foto: João Cotta/Globo)

Anajú Dorigon sempre está com um sorriso de orelha a orelha, mas pouca gente sabe o que ela já passou. Atrás de seus olhos castanhos claros já moraram uma profunda depressão e uma síndrome do pânico, que foram desencadeadas por uma hipoglicemia reativa, descoberta em 2013 e que, inicialmente, não foi cuidada de maneira correta.

A atriz explica que decidiu abrir o jogo sobre o assunto para mostrar às pessoas como é viver com este problema que afeta mais de 322 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados no segundo semestre de 2018.

“Acho que só quem passa pela depressão e pelo transtorno do pânico sabe o que realmente é. Eu vivi isso sozinha e, quando me senti segura para falar sobre, reconheci a oportunidade de dizer ao outro o que eu gostaria de ter ouvido, me respeitando sempre. É um assunto sensível, então escolho focar a fala muito mais em como ver as coisas de uma forma que te ajude, entender que cuidar-se é um estilo de vida, do que aprofundar-me nas partes obscuras. É preciso ter cuidado para gente não ficar nadando no lodo”, descreve.

Ela explica que começou a tratar, primeiramente, a hipoglicemia com uma dieta específica, além das atividades aeróbicas. Já a depressão e a síndrome do pânico são um processo bem diferente.

“É dia após dia. Faço análise há cinco anos e costumo brincar que todo mundo deveria fazer terapia. O processo depressivo e de ansiedade são umas das oportunidades mais profundas que serão dadas ao paciente para se conhecer. Então, por meio disso, entende-se melhor seus padrões de comportamento e se aprende com eles, além de se reconhecer seus gatilhos. A gente aprende a respeitar-se, entende o real significado de ‘se cuidar’, se despe de preconceitos, se entregar a tudo que te assusta e entende que tudo que cruza nosso caminho faz parte da evolução”, explica.

Com um depoimento tão forte, a atriz conta que tem recebido mensagens de vários de seus seguidores das redes sociais relatando que sua história de dor e sofrimento.
“Muitos me contaram e não tenho palavras para agradecer a coragem de cada um deles por terem se aberto para mim. É muito especial”, comenta.

Vem aí: novo trabalho na Globo

Anajú se prepara para viver Camila na nova novela das 6, Órfãos da Terra, prevista para estrear no dia 26 de março. Ela faz mistério com seu novo trabalho, mas disse em entrevista à Marie Claire que a personagem vem cheia de “discursos impactantes”.

“Ah, queria poder dizer tudo (risos). Ainda estou guardando ela para mim, mas posso contar que ela vem com determinação, sabendo muito bem o que quer e, ainda melhor, o que não quer. Ela vem com alguns discursos um tanto impactantes, que tenho certeza de que farão a gente refletir em casa sobre alguns temas”, introduziu.

Para viver uma história que fala sobre a Síria e a guerra que assola aquele país, a atriz falou que os intérpretes de cada personagem tiveram um processo muito especial de preparação.

Eles puderam conhecer e conversar com refugiados sírios e congoleses, além de assistir palestras extremamente sensíveis com jornalistas especializados em política internacional, representantes da ACNUR e da IKMR.

“É preciso ter muito respeito e cautela neste momento em que se entra em contato com uma nova cultura, com uma história tão extensa. Acho interessante ouvir e pesquisar um pouquinho de tudo. Desde documentários até o dia a dia das pessoas que vivem lá por redes sociais. Tem sido transformador e muito especial poder ter esse breve contato com essa cultura tão linda”, comenta.

Fonte: Marie Claire - https://revistamarieclaire.globo.com/Celebridades/noticia/2019/03/anaju-dorigon-abre-o-jogo-sobre-depressao-e-panico-vivi-isso-sozinha.html

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