Enquanto aguarda a chegada das filhas gêmeas, Ivete Sangalo reflete sobre feminismo e política
Pela primeira vez em 24 anos, baiana vai passar janeiro e fevereiro longe dos trios
À meia-noite de hoje, quando Ivete Sangalo gritar “Feliz Ano Novo” para o púbico do Festival Virada em Salvador, ela também vai inaugurar suas férias antecipadas. Será a primeira vez em 24 anos de carreira que a baiana vai passar janeiro e fevereiro longe dos trios. O motivo é nobre: a reta final da gravidez das gêmeas, que devem nascer logo depois do carnaval. O ócio da mamãe será curtido na casa da Praia do Forte, a 80 km de Salvador, ao lado do marido, o nutricionista Daniel Cady, e do primogênito, Marcelo, de oito anos. “A médica não quer esperar que se completem as 40 semanas. Elas já estão com um peso maior do que o período rege”, conta Ivete.
É na residência de verão que ela nos recebe para nossa sessão de fotos — a única desta gravidez — e para uma entrevista, digamos, diferente. Em vez de discorrer sobre enjoos, vontades esquisitas, possíveis nomes para as meninas, detalhes do processo de fertilização in vitro e outras pequenas curiosidades, a cantora mais popular do Brasil entregou-se a uma reflexão sobre a responsabilidade de colocar mulheres num mundo cada vez mais em ebulição por causa da discussão em torno dos direitos delas. “Não queremos ser iguais aos homens; estamos cansadas é de ser discriminadas e não ter os mesmos direitos pelo simples fato de sermos mulheres”, diz ela.
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