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VÍDEO: Documentário resgata atentado a bomba em cinema de Cajazeiras com depoimentos reveladores

Atentado aconteceu no dia 2 de julho de 1975 e teria como alvo o então bispo dom Zacarias

Por Jocivan Pinheiro

01/08/2018 às 14h03

Um dos episódios mais emblemáticos e misteriosos da história de Cajazeiras virou filme. Precisamente um documentário. Com roteiro e direção de Janduy Acendino, “A Bomba do Apollo 11” resgata detalhes do atentado a bomba que matou duas pessoas e mutilou outras duas dentro do cinema Apollo 11.

O atentado aconteceu no dia 2 de julho de 1975 e teria como alvo o então bispo dom Zacarias Rolim de Moura, que na ocasião estava viajando.

Apesar de ter acontecido em plena ditadura militar, até hoje não há provas de que o atentado tenha ligação com o regime, nem se o alvo era mesmo o bispo, tampouco quem instalou a bomba.

Janduy explica que a intenção do documentário não é responder a essas dúvidas, mas deixar que as pessoas tirem suas próprias conclusões a partir dos depoimentos colhidos no filme.

“Até hoje isso vem no imaginário das pessoas querendo saber realmente como aconteceu esse fato em plena ditadura militar, se tem ligação com a ditadura militar, por que uma pessoa teria a intensão de matar o bispo de Cajazeiras, quem seria essa pessoa. Mas nosso documentário não tem a preocupação direta de esclarecer quem realmente colocou a bomba”, disse.

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Prédio onde funcionava o Cine Apollo 11

No filme há depoimentos de líderes da Igreja Católica, como o monsenhor Gervásio Queiroga; historiadores, como Mariana Moreira, Chagas Amaro e José Antônio de Albuquerque; e pessoas que vivenciaram o acontecimento, como Teresa Moura, sobrinha do bispo dom Zacarias.

O atentado no Apollo 11 já foi objeto de investigação da Comissão da Verdade da Paraíba e ao longo de 43 anos ganhou várias versões e especulações. Há quem acredite que foi uma tentativa de assassinato do conservador dom Zacarias pela esquerda; há quem defenda que teria sido uma armação do próprio regime militar para desestabilizar os ‘comunistas’ que lutavam pela redemocratização do país, tese sustentada pela coincidência de ter sido exatamente no dia em que o bispo se encontrava em Recife.

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