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Alerta: Brasil já registra 220 casos de dengue por hora

A doença vem se alastrando e preocupando toda a população

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14/04/2015 às 08h00

O mais recente levantamento do Ministério da Saúde mostra que o Brasil registrou, até 28 de março, 460,5 mil casos de dengue (220 notificações por hora), mais da metade em São Paulo (257.809, ou 55%). O Estado ainda responde por três de cada quatro mortes ocorridas no País (99 de 132). A secretaria estadual afirma que trabalha com números menores, de casos confirmados, enquanto a Prefeitura prometeu reforçar ações.

Pelo ministério, São Paulo também registra o maior número de ocorrências da doença no recorte regional, considerando os 304.251 casos do Sudeste. E lidera rankings por cidades (mais informações nesta página). Considerando o valor de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para epidemia, que é de 300 casos por 100 mil habitantes, o Estado já superou esse indicador: está em 585,5 casos por 100 mil.

No Brasil, no mesmo período de 2014, foram registrados 135,3 mil casos (aumento de 240,1% em 2015). No Estado de São Paulo, o registro era de 35.141 (633,6% de acréscimo em 2015). Entre os municípios com mais de 1 milhão de habitantes, Campinas (SP) é a que tem mais casos e maior incidência. A capital paulista aparece em quarto.

O prefeito Fernando Haddad (PT) comentou os casos de dengue no Estado e prometeu reforçar as ações de combate ao mosquito. "Se os dados do Ministério se confirmarem, nós estamos falando de uma epidemia no Estado de São Paulo. A capital continua em uma situação melhor, mas não confortável, porque os casos são muito mais numerosos do que no ano passado. (Vamos) colocar a Vigilância (Sanitária) em alerta total, porque é o pior mês do ano", disse, referindo-se ao mês de abril.

A Secretaria Municipal da Saúde informou que uma tenda de atendimento para dengue, igual a que já existe na Brasilândia, começará a funcionar hoje na Freguesia do Ó (zona norte). Outras quatro começarão a funcionar até a próxima semana em Lapa e Rio Pequeno (oeste), Vila Manchester (sul) e Itaquera (leste).

O governador de São Paulo também abordou o assunto. "O secretário (de Saúde) David Uip está em permanente contato com a Prefeitura. Nós oferecemos, além do que a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) já tem, mais 500 agentes para o combate, 50 veículos, toda a equipe, além do Instituto Adolfo Lutz e 30 médicos."

O Ministério da Saúde informou que fez um repasse adicional de R$ 150 milhões para todos os Estados e municípios para a adoção de medidas de "vigilância, prevenção e controle da dengue". Sobre São Paulo, o órgão informou que repassou mais de 28,6 mil litros de inseticida, além de kits de diagnóstico e manuais de manejo clínico.

Na PB

O número de casos suspeitos de dengue na Paraíba subiu em 119,35% nos primeiros 90 dias de 2015 em relação ao mesmo período de 2014, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. Foram 2.448 casos, 1.372 a mais que nos primeiros 90 dias do ano passado, quando foram notificadas 1.116 suspeitas de dengue.

Para a gerente operacional de Vigilância Epidemiológica, Izabel Sarmento, esse aumento é resultado de campanhas de mobilização para encontrar possíveis casos. “Tal situação pode estar associada ao alerta da SES [Secretaria de Estado da Saúde] sobre a importância da notificação de casos da doença, bem como as ações do dia D+1, realizado em 7 de fevereiro, quando os municípios fizeram uma mobilização envolvendo a população e profissionais de saúde para esclarecimentos sobre a prevenção e condução clínica adequada da dengue e da chikungunya”, afirmou.

Três mortes foram registradas. Uma na cidade Marcação, outra em Duas Estradas e mais uma em Alhandra. Em Marcação, o resultado da investigação indicou que a morte foi por outras causas. As outras duas mortes estão em investigação e aguardam resultado do laboratório.

Ainda foram registrados cinco casos suspeitos de febre chikungunya. As cidades de Pombal, Alhandra e Campina Grande notificaram um caso cada. Já em Umbuzeiro, foram dois registros. “Todo caso suspeito de febre chikungunya é de notificação compulsória imediata e deve ser informado em até 24 horas às esferas municipal, estadual e federal. Para a notificação, os contatos da SES são: 0800-281-0023, (83) 3218-7331 e (83) 8828-2522”, explicou a gerente executiva da Vigilância Epidemiológica, Renata Nóbrega.

O levantamento ainda informa que, em março de 2015, apenas 207 municípios realizaram o estudo. 

Estão em situação de risco 66 municípios, 99 em situação de alerta e 42 em situação satisfatória, de acordo com os indicadores do Ministério da Saúde.

MSN com G1

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