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Samu diz que hospital que atenteu Angélica e Huck negligenciou e recusou outros pacientes para UTI

De acordo com coordenador-geral do serviço de atendimento, Luciano Huck e Angélica foram internados na UTI; decisão para isso "foi política"

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27/05/2015 às 09h00

Santa Casa de MS recusou pacientes para UTI, diz Samu

A Santa Casa de Campo Grande, para onde foram levados os apresentadores Angélica e Luciano Huck após o acidente aéreo sofrido no último domingo , negou atendimento a seis pacientes que precisavam ser internados na UTI e tinham sido socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nos último dias. Quem faz a denúncia é o coordenador-geral do Samu em Campo Grande, Eduardo Cury. Em entrevista ao Terra , ele contou que o casal não precisava ser colocado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de cirurgia cardíaca, mas foi transportado para essa área do hospital, segundo informou, para ser isolado do assédio dos funcionários.

Cury classificou de "política" a decisão do presidente da Santa Casa, Wilson Levi Teslenco, de internar o casal na unidade. "O presidente da Santa Casa age como se ela fosse propriedade dele. A fila do SUS [Sistema Único de Saúde] foi furada pelo sistema de administração do hospital", disse. A Santa Casa, por meio da assessoria de imprensa, nega que o casal de apresentadores tenha sido internado na UTI do hospital. A Santa Casa afirmou, em nota, que Angélica e Luciano Huck ficaram internados em uma enfermaria instalada no quinto andar do estabelecimento, onde havia outros pacientes, e que a família ocupou apenas um apartamento da instituição.

De acordo com Cury, equipes do Samu tinham seis pacientes entubados que precisavam ser internados na UTI, mas as solicitações de internação foram negadas. "Ficamos empenhados em conseguir vagas para pacientes que precisavam da UTI na sexta, no sábado e no domingo, e fomos informados três, quatro vezes de que não havia vagas e equipamentos." Durante o período em que a Secretaria Municipal de Saúde – à qual o Samu está subordinado – tentou providenciar leitos em outros hospitais, a Santa Casa enviou, segundo ele, três mensagens de fax no dia 24, domingo, às 4h, 8h37 e 13h55, solicitando que pacientes não fossem enviados ao local.

O coordenador citou o exemplo uma paciente de 53 anos que foi socorrida pelo Samu no sábado (23) após ter enfartado. "Conseguimos vaga no hospital universitário apenas na tarde de domingo, e ela morreu uma hora depois da internação. Por falta de respirador, a paciente teria recebido respiração manual durante todo o momento até a internação.

Terra

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