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Óleo de coco é veneno? Renomado cardiologista rebate: “Isso é um absurdo”

Mas, de acordo com o cardiologista Aseem Malhotra, a gordura saturada não aumenta necessariamente o risco de doenças cardíacas.

Por Cura pela Natureza

04/09/2018 às 09h06

Especialista fala sobre os benefícios do óleo de coco

Quem se lembra da recente polêmica envolvendo o óleo de coco, considerado há muitos anos o queridinho dos nutricionistas e aliado da saúde e da boa forma?

Para quem não acompanhou, a gente explica: “Óleo de coco faz tão mal quanto veneno. É a pior coisa que você pode comer. Pior que banha de porco”.

Essas frases foram ditas por Karin Michels, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard (Estados Unidos) e diretora do Instituto de Prevenção e Epidemiologia de Tumores da Universidade de Friburgo (Alemanha).

Mas parece que a afirmação de Karin não é muito confiável, não.

Segundo o doutor Aseem Malhotra, renomado cardiologista britânico, autor de vários livros e defensor das gorduras saturadas e fundador do grupo de campanha Action on Sugar, os comentários da professora são um desserviço à população e estão levando a prestigiada Universidade de Harvard a um descrédito.

“Depois de analisar a totalidade das evidências, posso dizer categoricamente que essa afirmação é totalmente falsa. Eu diria que é um absurdo não científico”, completa.

O óleo de coco possui proporção alta de ácidos graxos saturados.

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Mas, de acordo com o cardiologista Aseem Malhotra, a gordura saturada não aumenta necessariamente o risco de doenças cardíacas.

Ele argumenta que o corte de gordura saturada de dietas levou ao aumento do consumo de açúcar e carboidratos, que estão alimentando a obesidade.

Uma recente pesquisa realizada na Universidade de Cambridge investigou os efeitos do óleo de coco extra virgem nos níveis de colesterol.

O professor Kay-Tee Khaw e colegas compararam seus efeitos com o azeite de oliva em 94 participantes. Eles foram divididos em três grupos e todos os dias, durante quatro semanas, ingeriram 50g de óleo de coco, 50g de azeite (comprovadamente para baixar o colesterol LDL), ou 50g de manteiga.

O grupo que comeu manteiga viu seus níveis de colesterol LDL aumentarem em cerca de 10%. Mas esses aumentos não foram mostrados para os grupos do óleo de coco ou do azeite de oliva.

E o mais surpreendente foi o fato de que, enquanto a manteiga e o azeite de oliva aumentaram o colesterol HDL em 5%, o óleo de coco aumentou em impressionantes 15%.

O colesterol HDL é conhecido como bom colesterol.

Quanto mais alto ele for, menor o risco de doenças cardíacas.

As alegações do doutor Malhotra sobre o óleo de coco são apoiadas pelo colega cardiologista Luis Correia, da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública no Brasil.

O professor Correia, diretor do Centro de Medicina Baseada em Evidências da Bahiana, disse: “Achei o recente alvoroço sobre o óleo de coco totalmente incompreensível”.

Ele citou o mesmo estudo da Universidade de Cambridge e argumentou que não há evidências de alta qualidade sugerindo que a gordura saturada possa levar a doenças cardíacas.

E acrescentou: “Qual é a base para chamar o óleo de coco de veneno? Esta alegação não é baseada em evidências e deve ser completamente desconsiderada”.

Fonte: Cura pela Natureza - https://www.curapelanatureza.com.br/post/09/2018/oleo-de-coco-e-veneno-renomado-cardiologista-rebate-isso-e-um-absurdo

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