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Acusada de matar filho com sorvete envenenado vai a júri popular no fim de novembro

Cristiane Renata Coelho é acusada de matar o filho e de tentar matar o então marido por envenenamento.

Por Diário do Sertão

15/11/2017 às 10h19

Acusada de matar o filho com sorvete envenenado vai a júri nos próximos dias

Três anos após a morte do filho autista de nove anos com chumbinho, um conhecido veneno para matar ratos, Cristiane Renata Coelho será levada a júri popular em 28 de novembro. Além de matar o filho Lewdo Ricardo Coelho Severino com sorvete envenenado – a comida preferida da criança – Renata é acusada de tentar assassinar o então marido, o subtenente do Exército Francileudo Bezerra Severino.

Recuperado e sem apresentar sequelas do envenenamento por chumbinho, o subtenente Francileudo Bezerra Severino ocupa as horas vagas com o filho Lucas que, como o irmão, é autista. Ele vai completar nove anos e não fala. Segundo ele, a criança leva uma vida normal: estuda e faz terapia. Lucas não tem contato com a mãe, que está presa, e nem com a família materna, que mora em Recife.

“Eu só vim desconfiar do tinha acontecido quando eu estava na UTI e me disseram que eu tinha sido envenenado e que o Lewdinho tinha sido envenenado também. Então eu falei: então foi ela, porque só tinha nós quatro em casa”, diz Francileudo, que luta pela guarda definitiva do filho Lucas.

Enquanto o pai estava em coma, Lucas foi levado para ficar com a família de Cristiane, em Recife. Antes que ela fosse presa, o maior medo de Francileudo era o de perder mais um filho. “Eu tinha certeza de que ele seria o próximo. O Lucas seria o próximo a ser envenenado por doce ou afogado na piscina. Eu sobrevivi para salvar o meu filho”, afirma.

Durante o julgamento, o subtenente do Exército vai ficar frente a frente com a ex-mulher. Ele acredita que nenhuma condenação vai amenizar a revolta e a dor de ter perdido o filho mais velho. “Quem foi condenado foi o Lewdingho que não está mais entre a gente. O Lucas que não vai ter o prazer de ver a mãe e nem o irmão, e os meus familiares que gostavam do Lewdinho. Ela não. Se pegar 30 anos ainda é pouco”.

G1

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