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Musa defendem usar pouca roupa no carnaval: ‘Meu corpo não muda quem eu sou’

Juju Salimeni, não quer nem saber se os movimentos feministas estão torcendo o nariz para a exposição do corpo

Por Campelo Sousa

19/02/2017 às 09h08 • atualizado em 18/02/2017 às 20h19

Juju Salimeni destruiu a Sapucaí em 2016 (Foto: Roberto Moreyra/ beleza: Carla Ashton e Douguinho/ Locação Cidade das Artes / Agência O Globo)

Este ano não vai ser igual aquele que passou… O carnaval vem ganhando regras rígidas de comportamento. Marchinhas tradicionais estão com os dias contados e a nudez feminina, que há anos é vista como mais uma alegoria dos desfiles de escolas de samba, é apontada como uma ameaça ao empoderamento. Na contramão desta folia politicamente correta, as musas purpurinadas militam pela exposição democrática do corpo e decretam: vai ter pouca roupa, sim!

Juju Salimeni, não quer nem saber se os movimentos feministas estão torcendo o nariz para a exposição do corpo. A paulista chegou ao carnaval carioca em 2016 destruindo a Sapucaí com suas formas esculpidas em horas na academia. “Empoderamento é fazer o que eu quero. Meu corpo, vestido ou não, não define a minha essência, não muda quem eu sou”, avisa ela, que na Avenida vai representar Madona no enredo tijucano: “Quer mulher mais feminista que ela? E ela usou a sensualidade para dar seu recado de liberdade”.

Salimeni lembra da época em que trabalhava de biquíni como assistente de palco. “Nunca me senti desrespeitada ou objetificada. Era um trabalho e eu sabia o que era desde o início. Eu procurei estudar, nunca quis fazer a linha ‘mulher bonita e burra’. Falo inglês fluentemente, fiz Administração, e aos poucos mostrei que era mais que um corpo, embora minha encucação com isso seja zero”, explica: “O corpo nu ou quase nu para mim, que sou atleta, tem a ver com a transformação, com a parte visual do que conseguimos fazer com nossas formas”.

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