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Ex-amante de FHC faz revelações em entrevista: “Eu me arrependo”

Mirian disse que a relação com o ex-presidente já teve o ponto final: "Foi um rio que passou na minha vida. E secou"

Por Campelo Sousa

11/04/2016 às 08h34

"Foi um rio que passou na minha vida. E secou", diz Mirian Dutra

O programa “Mariana Godoy Entrevista” desta sexta-feira (8) recebeu a jornalista Mirian Dutra, que teve um relacionamento extraconjugal com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Ao ser questionada sobre um exame de DNA feito por FHC sem conhecimento de Mirian e que teria dado negativo, a jornalista afirmou: “Não sei por qual motivo nos Estados Unidos interessou ele fazer esse exame. Eu nunca vi esse exame de DNA. O advogado também não recebeu o exame de DNA”. Mirian disse que “tentou tudo” para que ele refizesse o exame: “Independente de qualquer coisa, acho que foi um assunto de adulto tratado com um menino. Podia ter feito o exame de DNA e ter dado negativo, mas ele podia ter falado comigo. É um assunto de adulto isso”.

Em outro momento, Mauro Tagliaferri perguntou se ela se arrepende do relacionamento e Mirian respondeu: “Eu me arrependo (…) Se o tempo pudesse voltar atrás, eu não deixaria essa pessoa chegar perto de mim”.

Sobre o depoimento na Polícia Federal, que a jornalista prestou nesta semana, a jornalista disse que foi tudo ‘muito cansativo’: “Imaginei que aquilo fosse durar uma, duas horas, mas o delegado estava tentando saber coisas que eu jamais saberia. Eu estou há 25 anos fora do Brasil e praticamente não venho ao Brasil. Ele mesmo comprovou isso com minhas entradas de passaporte. Mas foi muito cansativo. ‘Você sabe se o ex-presidente já tinha alguma pretensão política na época…’, isso é pergunta que se faça? Eu lá sei se ele tinha alguma pretensão política ou não, não sou analista dele. (…) O inquérito é baseado exclusivamente em notas de jornal de muito tempo, de blogs, de sites, de bobagens.”

Sobre a Brasif, Mirian disse que tinha contrato de exclusividade com a Globo e que “não se lembra”: “Se houve este contrato (com a Brasif), eu sinceramente não lembro”, completou a jornalista, afirmando que tudo era intermediado por uma pessoa de confiança entre ela e FHC. Questionada se esta pessoa seria Fernando Lemes, Mirian disse que “não gosta de falar de quem já morreu, quem não pode se defender”.

Mirian desviou quando questionada se tinha conhecimento do envolvimento da família de Fernando Henrique Cardoso no caso do “Panama Papers”. A jornalista disse que o compromisso que FHC assumiu com Tomás foi o de pagar todos os estudos. Sobre a ‘entrevista’ que teria dado afirmando que estava grávida de um biólogo, e não de FHC, a jornalista disse que foi “armada pelo diretor da revista Veja, Mario Sergio Conti”.

Mirian disse que conversou com a jornalista Mônica Bergamo e contou sobre os documentos que a ligam à Brasif: “Em 2003, durante uma semana, eu a Mônica nos sentamos e falamos sobre a minha vida. Eu tinha medo que pudesse acontecer alguma coisa comigo e nada fosse divulgado. Então ficou um arquivo. Não havia nenhum tipo de compromisso de publicação, não existia nenhum projeto. Foi uma coisa que foi exatamente isso. Uma semana, nós duas, gravam a conversa, e foi isso”.

“Eu falei que não lembrava de ter assinado nada”, disse Mirian sobre o depoimento dado à Polícia Federal. A jornalista disse que não está com medo. “O problema é dele, não é meu. Ele que mandava o dinheiro (…) As pessoas ficam falando que eu provavelmente ganhei muito dinheiro, não. O dinheiro era exato para pagar o colégio de um e de outro”, explicou.

Mirian disse que a relação com o ex-presidente já teve o ponto final: “Foi um rio que passou na minha vida. E secou”.

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