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VÍDEO: Igreja salva família com seis crianças da fome em Cajazeiras e pede ajuda para construir uma casa

Tocado pela situação, pastor iniciou uma campanha que deu certo. Hoje a Igreja Fonte da Água da Vida consegue manter a família alimentada e tenta concluir casa

Por Jocivan Pinheiro

31/08/2017 às 15h47 • atualizado em 31/08/2017 às 21h03

Graças à iniciativa de um pastor evangélico e à solidariedade dos membros da sua igreja, a vida de uma família que mora na Agrovila, em Cajazeiras, mudou radicalmente. Antes passando fome, agora o catador de material reciclável Cícero Rocha, de 44 anos, sua esposa Rosana da Silva, de 30 anos, e seus seis filhos têm o que comer e estão próximos de realizarem o sonho da casa própria.

Tendo como renda única o auxílio financeiro do Bolsa Família, que é muito pouco e comprometido com o aluguel da residência onde moram, a situação da família era desesperadora. O pastor Ismar Pereira, da Igreja Fonte da Água da Vida, conta que em 2016 ficou sabendo que a família estava passando fome e resolveu ir até a residência ver de perto a realidade. Lá chegando, se deparou com uma cena que o deixou comovido: dentro do armário da cozinha tinha apenas meio quilo de arroz que uma das crianças havia acabado de trazer da casa do vizinho e que seria a refeição das oito pessoas durante todo o dia.

“Eu lembro que tinha meio quilo de arroz no armário. Era o único alimento que eles tinham, isso por volta de onze horas da manhã. E segundo e um morador, eles estavam guardando o alimento para fazer um pouco mais tarde porque era a única refeição que eles teriam nesse dia. Isso foi muito forte pra gente, pois eles têm seis crianças. Imagine um pai e uma mãe olhando para os filhos sem terem nada para oferecer como alimento”, relata o pastor.

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Família espera pela conclusão da construção da casa própria

Tocado pela situação, pastor Ismar resolveu iniciar uma campanha na igreja, que deu resultado. Mesmo com poucos recursos, hoje a congregação consegue manter a família alimentada. Mas não ficou só nisso. Através de doações, foi possível iniciar a construção de uma casa também na Agrovila. A moradia tem 72 m², com terraço, sala, quarto, cozinha, banheiro e quintal.

“A partir desse dia, nós como igreja tomamos a decisão de procurá-los e ajudá-los em tudo: aluguel, sexta básica, remédio… E hoje a igreja quer construir uma casa. Temos poucos recursos, mas temos levantado uma casa de 72 m² para que essa família possa morar, pois eles pagam aluguel e não têm condições”, ressalta o pastor.

Pastor Ismar Pereira, da Igreja Fonte da Água da Vida

Atualmente seu Cícero está parado porque contraiu vários problemas de saúde devido ao trabalho no lixão de Cajazeiras. Por isso, a ajuda da igreja é ainda mais indispensável no momento.

“A nossa vida era bastante sofrida. Se não fosse o pastor estar ajudando, nós éramos pior porque nós não tínhamos nada para botar no fogo para cozinhar. Hoje mudou bastante. Hoje nós estamos passando bem, graças a Deus”, diz ele.

A casa que está sendo construída já tem as paredes levantadas, mas falta basicamente o reboco, o piso e o telhado, além dos acabamentos: “Nosso sonho é termos nossa casa própria. Tem vezes que o dono chega e nós não temos o dinheiro do aluguel, aí ele já pediu a casa duas vezes. Com a ajuda do pastor e do povo que está ajudando, é que estão tentando construir nossa casa”, comenta dona Rosana.

Família recebe alimentos doados pela Igreja Fonte da Água da Vida

Doações

Pastor Ismar diz que a igreja iniciou a construção, mas precisa de ajuda para concluí-la. Quem tiver interesse em fazer alguma doação, pode se dirigir à Igreja Fonte da Água da Vida, que fica na Av. Camilo de Holanda, Centro, próxima ao Posto São Francisco; também na Gráfica Dominante, localizada na Rua Francisco Aprigio Nogueira, 524, Capoeiras – falar com o diácono José Ferreira; ou pelos telefones (83) 99190-5441 (Claro) e 99980-0468 (Tim).

“Eu sinto meu sonho se realizando. Isso aqui não é minha vida, é a vida dos meus filhos. O sonho está bem próximo, graças a Deus. Estamos só esperando mais algumas doações para poder continuar, cobrir a minha casa e terminar o resto da construção”, destaca seu Cícero.

DIÁRIO DO SERTÃO

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