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Raquel Alexandre

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Pena de morte – Não podemos corrigir um crime com outro

27/01/2015 às 11h38

Nestes últimos dias a pena de morte vem sendo bastante discutida em todo o país devido a um brasileiro ter sido condenado na Indonésia por tráfico de drogas. Muitas pessoas vem apoiando tal prática do país mencionado e muitos ainda condenam a Presidente Dilma por ela ter pedido uma trégua pelo condenado ao presidente da Indonésia, o que foi negada. Mas será que este tipo de condenação que sempre existiu é o mais correto para aplicar às leis? Na minha opinião, não, porque este tipo de violência gera mais violência entre as pessoas que participaram e as que apoiaram o ato, pois as mentes se envenenam e tornam-se cada vez mais violentas com tal atitude.

A pena de morte não combate a violência, pelo contrário, aumenta mais, pois muitas pessoas que já estão no mundo do crime não se importam em morrer já que a criminalidade e as drogas é o caminho quase que certo para a morte.

O Quinto Mandamento da Tábua da Lei, recebida por Moisés diz: “Não matarás”, ou seja, esta é uma lei divina e por mais que se tenha motivos para tirar a vida de um ser humano não deve fazê-lo, pois deve-se prevalecer pela vida. Mas eu sei que você está pensando: E uma pessoa que matou dezenas de vidas inocentes, estuprou, violentou, entre tantas atrocidades bárbaras? E o dinheiro que sai do nosso bolso, dos nossos impostos para o Estado sustentar essa pessoa na prisão? Mesmo assim devemos defender a vida, não estou defendendo as atrocidades bárbaras que o criminoso cometeu, mas em primeiro lugar a vida, pois é o que devemos mostrar ao apenado que a vida é o mais importante e até ele que cometeu tantos crimes merece viver e a sua própria consciência vai condená-lo, o que será o maior de todos os castigos.

Se os brasileiros escolherem a pena de morte, muitos irão pensar que aí está a manifestação da vontade divina, considerando, segundo velho ditado, que “A voz do povo é a voz de Deus, entretanto, os fariseus crucificaram Jesus dizendo-se inspirados por Deus. Árabes e judeus trucidam-se hoje, julgando representar os interesses do Eterno. O mesmo ocorre entre fanáticos católicos e protestantes, na Irlanda. Algumas das piores atrocidades humanas foram cometidas por multidões que supunham cumprir a vontade de Deus.

Por outro lado devemos lembrar que muitos inocentes já foram condenados à morte, pois desde os tempos remotos temos diversos exemplos de violência. Na época da Inquisição, a Igreja queimava na fogueira as pessoas que contrariassem a fé católica.

Começaremos a resolver o problema da violência combatendo suas origens. Todos sabemos onde estão: miséria, fome, abandono, ignorância, drogas… O saneamento desses males exige um trabalho gigantesco que jamais será resolvido enquanto continuarmos a exigir as providências somente do governo, enquanto que essa missão deve ser iniciada por nós mesmos quando abandonarmos de vez o egoísmo.

Raquel Alexandre

Raquel Alexandre

É redatora do Portal Diário do Sertão e Formada em História pela UFCG de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

Raquel Alexandre

Raquel Alexandre

É redatora do Portal Diário do Sertão e Formada em História pela UFCG de Cajazeiras.

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