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Gildemar Pontes

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O Brasil é um país Maravilhoso

07/08/2017 às 09h13

O Brasil é um país maravilhoso. Mas é preciso acabar com esse mito de que o povo é manipulado e faz somente o que a mídia malvada quer. O que temos é uma proliferação de canalhas institucionalizados por uma eleição comprada em todos os níveis. Esses são os nossos maiores manipuladores.

O povo se afasta cada vez mais da escola, do debate, da solução dos seus problemas, por pura incapacidade de se autorrepresentar. E de quem é a culpa? É nossa, dos acadêmicos de gabinete, dos teóricos de claque reduzida e de alguns movimentos sociais que se abrigam em partidos de esquerda, na Universidade e não representam e não são representados pelo povo. E isso não se discute porque quem tem a palavra final são os doutores que entendem de povo e de tudo ou os líderes partidários que se agarram a convicções tais como, para chegar ao poder, é preciso se aliar com os inimigos, convicções estas apenas eleitoreiras, deixando para o povo a frase feita e a “tarefa pronta”, do jeito que os doutos sábios de povo sugerem.

Estados mais atrasados elegem mais políticos bandidos, canalhas, porque têm um povo submetido pela pobreza às migalhas do poder. Aqui, na Paraíba, um governador socialista se acha dono das fórmulas e dos métodos de se fazer política. Antigos governadores, como Maranhão e Cássio são os piores tipos de políticos que pode existir, pois compram os seus currais e alimentam com corrupção os cabos eleitorais, vereadores e deputados que dependem desse dinheiro sujo e mal lavado. Quem já participou de uma eleição como candidato e resolveu enfrentar esse poder viciado sabe que é impossível um discurso, por mais coerente e justo que seja, derrubar uma estrutura como esta.

Juízes, promotores e polícias são condescendentes e jurisprudentes quando se trata de amaciar bandidos políticos. Deveriam agir com o mesmo rigor como fazem com “ladrões de galinha”. Mas isso não ocorre. Há todo um staff de advogados de plantão para livrar bandidos prefeitos, vereadores, deputados, senadores e governadores. E apenas um defensor público para defender um ladrão “mirim”. Nesse modelo, discricionário e autoritário, os maus políticos sabem que podem contar com a benevolência e retardo da justiça, sabem que podem comprar a qualquer momento seus pares, profissionais da propina como urubus que circulam a carniça.

Ao povo ficam os conceitos e a salvação dos expertises de direita e de esquerda. Os de direita são práticos porque são limitados e sobrevivem do oportunismo gerado pelas crises. Os de esquerda, infelizmente subdivididos, há os apegados a governos, os apegados a teorias e os que flutuam entre um e outro. Todos, “direitistas e esquerdistas”, quando apegados ao poder, não admitem o contraditório. São maniqueístas e defendem apenas posições de tendências, sendo capazes de sacrificar uma luta quando contrariados. São os sectários da esquerda infantil e os psicopatas da direita retardada.

O povo, esse que não é, não sabe e não se interessa por bandeiras de direita ou de esquerda, continuará sobrevivendo de migalhas. Uma hora é um pneu de bicicleta, um botijão de gás, uma conta de farmácia, um subemprego de um parente. Outra hora comemora a queda no preço da gasolina, a morte de uma dupla de assaltantes de celular… aí já é o povo mais economicamente afastado dos pobres.

Mas, ao fim e ao cabo, todos somos pobres. Igualmente pobres em conhecimento, ação reativa diante dos problemas e passividade quase doentia, diante dos canalhas que nos assaltam grandes fortunas, como os atuais presidente Temer, seus bandidos de plantão e seus comparsas ávidos por surrupiar propinas. Um dinheiro precioso desviado que poderia elevar uma escola, um hospital, construir um açude, um bem comum, um equipamento cultural capaz de reunir pessoas que se identifiquem pela solidariedade, pela bondade e pelos valores fomentados na Escola.

O Brasil não é nem está uma merda. Só precisamos arrancar a casca e expor a ferida ao sol. Onde estão os defensores do “bandido bom é bandido morto”, nessa hora? Que tal tirar a trave dos olhos e começar a enxergar os bandidos de toga, de paletó e gravata. que votam avalizados pelo nosso voto? Quem sabe os bandidinhos pé-de-chinelo diminuam ou até mudem de profissão, caso os políticos profissionais da maldade e da corrupção ocupem o seu lugar na raiva do povo!!!

Gildemar Pontes

Gildemar Pontes

Escritor e Poeta. Ensaísta e Professor de Literatura da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, em Cajazeiras. Graduado em Letras pela UFC, Mestre em Letras UERN. Doutorando em Letras UERN. Editor da Revista Acauã e do Selo Acauã. Tem 22 livros publicados e oito cordéis.

É traduzido para o espanhol e publicado em Cuba nas Revistas Bohemia e Antenas. Vencedor de Prêmios Literários locais e nacionais. Foi indicado para o Prêmio Portugal Telecom, 2005, o principal prêmio literário em Língua Portuguesa no mundo. Ministra Cursos, Palestras, Oficinas, Comunicações em Eventos nacionais e internacionais. Faixa Preta de Karate Shotokan 3º Dan.

Contato: [email protected]

Gildemar Pontes

Gildemar Pontes

Escritor e Poeta. Ensaísta e Professor de Literatura da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, em Cajazeiras. Graduado em Letras pela UFC, Mestre em Letras UERN. Doutorando em Letras UERN. Editor da Revista Acauã e do Selo Acauã. Tem 22 livros publicados e oito cordéis.

É traduzido para o espanhol e publicado em Cuba nas Revistas Bohemia e Antenas. Vencedor de Prêmios Literários locais e nacionais. Foi indicado para o Prêmio Portugal Telecom, 2005, o principal prêmio literário em Língua Portuguesa no mundo. Ministra Cursos, Palestras, Oficinas, Comunicações em Eventos nacionais e internacionais. Faixa Preta de Karate Shotokan 3º Dan.

Contato: [email protected]

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