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José Antonio

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Cristo Redentor: 79 anos abençoando Cajazeiras

15/06/2018 às 10h50

Cristo da cidade de Cajazeiras

Foi durante o Primeiro Congresso Eucarístico Diocesano de Cajazeiras, que se realizou a inauguração e benção do Monumento do Cristo Redentor, situado no alto do serrote, ao leste da cidade. Foram cinco dias de comemorações. O jornal “Estado Novo”, na sua edição nº 3, de 18 de junho de 1939, noticiou que foi a maior festa que o povo de Cajazeiras já assistiu e que atraiu a presença de pessoas as mais notáveis de todos os setores de atividades.

O Congresso realizado entre os dias 11 e 15 de junho de 1939, foi idealizado e realizado por Dom João da Mata Andrade e Amaral. Esta atitude corajosa e dinâmica de Dom Mata repercutiu em todo o nordeste brasileiro.

A estátua do Cristo Redentor foi uma espontânea oferta do cajazeirense Silvino Bandeira de Melo, advogado, residente em Salvador, Bahia, pai do médico Júlio Maria Bandeira de Melo, inaugurado em 15 de junho de 1939, com as presenças do Arcebispo da Paraíba Dom Moisés Coelho, dos bispos Dom João Mata, Dom Mário Vilas Boas e Dom Jaime Câmara; do Interventor da Paraíba Argemiro de Figueiredo, representado pelo secretário do interior José Mariz, interventores Rafael Fernandes, do Rio Grande do Norte e Menezes Pimentel, do Ceará e do prefeito de Cajazeiras Celso Matos, além de outras autoridades civis e religiosas que participavam do Congresso Eucarístico.

Ao entregar o monumento o Dr. Silvino proferiu um belíssimo discurso, exaltando as autoridades e demonstrando o seu amor e zelo pela terra mãe e em agradecimento “interpretando o sentir das forças espirituais da cidade”, falou o padre Manoel Vieira, que pronunciou uma bela oração.

Todas as solenidades foram fotografadas e filmadas (onde estão estes valiosos documentos?) e ainda irradiadas pela DRC, atuando como locutor, especialmente convidado, Alírio Silva, locutor da PRI-4, Rádio Tabajara da Paraíba.

Passados 79 anos, o Morro do Cristo Redentor se transformou num triste e desolador cenário. O monumento está cercado de torres de ferro para instalação de antenas destinadas a receber e transmitir sinais de rádio FM, celulares e televisão e se não bastasse os paredões do morro estão abrigando casas de taipa e cisternas d`àgua para abastecer a cidade.

Em 11 de abril de 2004, numa iniciativa da Paróquia Sagrada Família, foi iniciado um movimento para resgatar a importância do histórico monumento, quando foi celebrada uma missa, no Domingo da ressurreição. Outras missas já foram rezadas e é mais do que louvável este gesto da comunidade católica cajazeirense em preservar e resgatar este local de significativa importância histórica de nosso município, mas infelizmente o movimento recrudesceu.

Inúmeras foram as promessas dos prefeitos em revitalizar a área do morro e mais recentemente até reunião na Câmara com os proprietários das antenas, o prefeito e os vereadores, mas como quase tudo nesta cidade acaba em nada, até o momento não se vislumbra uma solução.

O Cristo Redentor continua, mesmo sufocado entre as ferragens das torres, abraçando e abençoando os cajazeirenses. Se houvesse um desejo político de nossas autoridades ainda daria para se preservar um bom espaço no alto do morro para se construir uma praça e embelezar o mais aprazível e belo recanto da cidade.

Agradecimento

Quero agradecer as dezenas de mensagens enviadas pelos amigos do facebook, dos grupos de watsap, telefonemas e até telegrama, pela passagem de meu aniversário. Que Deus nos dê muitos anos de vida para novos reencontros através destes meios de comunicações. Paz e benção para todos nós.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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